Pare por um momento e simplesmente experiencie a totalidade de sua experiência simplesmente como SENSAÇÕES agora.
Dê-se conta de que o que você experiencia, de que suas sensações, estão mudando todo momento, e, portanto, não podem ser descritas. Para poder falar sobre o AGORA você precisaria falar volumes, e mesmo assim a sua experiência já teria mudado.
Dê-se conta de que, se você experiencia isso sem então quantificar ou qualificar suas sensações, se há um senso de limite entre você e sua experiência.
Dê-se conta de que normalmente achamos que podemos descrever nossa experiência, e nessa idéia há um senso de eu. Perceba que ao tentar descrever nossas sensações, essa atividade parece dar ao não existente "eu" um senso de controle.
Agora se dê conta de que você está consciente de qualquer experiência. Essa atenção já está presente. Veja se você pode descrever essa atenção. Dar-se-á conta de que isso é impossível.
Onde ela está? Em todos os lugares.
Há algum limite? Nenhum.
O que é ela? Todas as coisas.
Nós temos duas palavras para atenção e experiência. Mas realmente há somente palavras. Nós não podemos descrever. Veja se há qualquer limite entre a atenção e experiência.
Nós temos a capacidade de objetificar uma experiência, e então parece que há um observador e um objeto observado.
Quando acontece o experienciar da totalidade de nossa experiência no AGORA, não há possibilidade de objetificar, por isso, não há sensação de eu.
Fonte: http://naodual.blogspot.com/2008/11/o-no-eu.html