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Resumo sobre G. I. Gurdjieff



Sentindo o Amor Real

A pessoa deve sentir e ter a sensação. Trabalhe sobre o sentir, sobre ter a sensação de você mesmo. "Eu sou", "eu sou". Não apenas a sua cabeça - o homem todo. Repita, repita, repita. Exercite, exercite milhares e milhares de vezes. Apenas isso trará resultados.

***

Pergunta: Tenho feito o trabalho que você deu para nós. Realmente eu amo muito meus pais e descobri uma qualidade de emoção muito especial; durante um segundo talvez, uma partícula do amor real, também um grande sofrimento, um sofrimento real por meus pecados em relação a eles. De remorso. As duas emoções estavam lá ao mesmo tempo, um sofrimento muito vívido e uma felicidade trazida pelo sentimento de amor. Foi o remorso que trouxe a felicidade, pois depois que ele desapareceu a felicidade também desapareceu. Algumas vezes quando estou atendendo meus pacientes tenho descoberto em mim mesmo, por um segundo, emoções de amor da mesma qualidade. E naquele momento eu pude aliviar os sofrimentos físicos e trazer a eles um sentimento de felicidade. Há uma conexão?

Gurdjieff: O amor real é a base de tudo, a fundação, a Fonte. As religiões perverteram e deformaram o amor. Era através do amor que Jesus fazia milagres.

Fonte: http://ricardo-yoga.blogspot.com

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G. I. Gurdjieff




Auto-observação Interior


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Resumo sobre G. I. Gurdjieff

O amor real é a base de tudo, a fundação, a Fonte. As religiões perverteram e deformaram o amor. Era através do amor que Jesus fazia milagres.

Homem

O homem comum não é livre em sua vida, em suas manifestações, ou em seu humor. Ele não pode ser o que gostaria de ser, e aquilo que ele se considera ser; ele não é aquele "Homem", que soa poderoso! O próprio nome "homem" significa - o "apogeu da criação", mas como é que esse título se aplica ao homem contemporâneo?

Sobre o Exercício da Divisão em Dois

Eu tentei continuar o exercício da divisão em dois e vendo que eu não conseguia ter sucesso nele, pensei que isso acontecia porque o "eu" em mim não era forte o bastante. Toda a minha atenção estava movida para o "eu sou" e, de fato, isso desenvolveu pouco a pouco uma sensação muito mais forte do "eu", que eu nunca tinha tido. Eu constatei de fato que isso mudou todos os valores para mim, que o que eu tinha entendido teoricamente até agora, eu entendo de uma maneira diferente agora...






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Sobre o Exercício da Divisão em Dois - G. I. Gurdjieff

Percepção da Realidade Interior

[Sr. Gurdjieff pede aqueles que haviam retornado das férias para darem um depoimento a respeito de seu trabalho interior].

Sra. Franc: Fiz os dois exercícios que você nos deu durantes as férias, o exercício da divisão em dois (divisão entre "eu" e o organismo) e o das sensações de calor, frio, e das lágrimas. Não posso dizer que eu tive muito resultado com esses exercícios, mas tive um resultado na compreensão. Quanto ao da divisão em dois, não posso dizer que consegui fazê-lo, mas o trabalho me deu um centro de gravidade na minha cabeça. Isso mudou muitas coisas para mim e permitiu-me desidentificar-me um pouco do meu corpo; e agora consigo ver mais claramente no meu trabalho. Sei melhor o que estou fazendo e como devo fazer o trabalho. Isso mudou os valores.

Gurdjieff: Já entendi que você tinha uma personalidade. Agora você sente em si algo, uma separação. O corpo é uma coisa e você é outra coisa.

Sra. Franc: Isso é o que sinto, e é algo que julga.

Gurdjieff: Você deve parabenizar-se. Estou contente com todo meu ser. Isso é a primeira coisa. Sem isso você jamais pode continuar. Sem isso, por dez anos, cem anos, seu trabalho será apenas titilação.

Sra. Franc: Parece-me que alguma coisa foi superada.

Gurdjieff: Agora você deve fixar isso. Você deve nutrir a criança para que ela possa crescer. Dê a ele um bom leite, alguns ovos, tudo o que é necessário para uma criança. Quando ele for um jovem garoto, ele estará apto a falar e eu conseguirei entendê-lo. Para mim seu depoimento já basta.

Sra. Franc: Gostaria de te falar também que o exercício nas sensações me mostrou que eu estava vivendo em imaginação, pois noto que é apenas quando experimento alguma coisa organicamente que aquilo é real; mas não consigo concentrar-me o bastante na figura da imagem.

Gurdjieff: Em geral essa é sua fraqueza. Não é necessário falar disso. Já é algo subjetivo. Agora se eu explicar algo, você pode entender. Antes você não podia entender nada. Na primeira vez você se ofendeu. E se eu digo algo para você agora você pode entender.

Mechin: Eu tentei continuar o exercício da divisão em dois e vendo que eu não conseguia ter sucesso nele, pensei que isso acontecia porque o "eu" em mim não era forte o bastante. Toda a minha atenção estava movida para o "eu sou" e, de fato, isso desenvolveu pouco a pouco uma sensação muito mais forte do "eu", que eu nunca tinha tido. Eu constatei de fato que isso mudou todos os valores para mim, que o que eu tinha entendido teoricamente até agora, eu entendo de uma maneira diferente agora, e isso me fez entender também muitos problemas, o que fixou em mim a necessidade de, a partir deste momento de desempenhar um papel*. Mas como durante as férias eu estava sozinho no papel que eu tinha que desempenhar, tinha que atuá-lo com meus pais, e acima de tudo com minha mãe; era ai que eu tinha dificuldade. Eu constatei que eu era completamente incapaz de desempenhar um papel, que isso era impossível.

Gurdjieff: Você entendeu o que significa desempenhar um papel; você entendeu que valor isso tem para você, você sentiu o gosto disso?

Bravo!

Mechin: Então, lutei para fazer o exercício da divisão. Tentei entendê-lo e um dia ao passar na frente de um espelho, fiquei muito surpreso de ver que eu me vi como um estranho. Pensei que eu deveria fazer uso dessa evidência para fazer o exercício; depois, ao fazer o exercício eu me vi como havia visto no espelho; tinha tido apenas uma imagem fria sem vida. Vi um corpo sem vida e tentei estabelecer relações com meu corpo real. Ao tentar fazer isso, pareceu-me que isso me deu, antecipadamente, um gosto do que deve ser a divisão. Senti que temos que fazer isso.

Gurdjieff: É o bastante, você nasceu. Sua individualidade nasceu. Antes você era como um animal sem "eu". Agora você tem um "eu" e as propriedades de um homem. Esse exercício lhe deu isso. Antes você não tinha individualidade, você era o resultado do seu corpo, como um cachorro, ou um gato, ou um camelo. Agora você tem chifres**, você pode vê-los e se surpreender com eles. Antes você não podia ver nada. Você tem agora uma individualidade que você não tinha. [endereçando aos outros alunos] Ele adquiriu uma individualidade. Antes ele não tinha nenhuma. Ele era um pedaço de carne. Ele poderia ter trabalhado por mil anos, ele nunca teria tido nenhum resultado. Você é camarada da Sra. Franc. Ambos vocês tornaram-se iniciados na primeira iniciação. É uma coisa pequena, mas é uma coisa grande, uma garantia para o futuro. Parabenizo você também. Pela primeira vez em três anos estou feliz internamente. Estou feliz por meus esforços. Porque não é por acaso que aqui já tem dois. Você não está mais desposado, não é mais Mechin, você é meu irmão casula, [para Sra. Franc] você é minha irmã. Falaremos em particular depois.

Gurdjieff [para Yette]: Você não está feliz?

Yette: Sim, e posso dize que o que Sra. Franc disse parecia eu mesma falando, pois por algum tempo há algo completamente novo em mim e há também um medo de ver isso desaparecer. Porque de maneira geral, salvo em raros momentos, houve algo em mim que não estava ali anteriormente essencialmente algo na minha cabeça, algo que eu senti na minha cabeça onde eu me apoiava e que me separa do resto, que é distinto do corpo, de tudo o que eu sou, do meu sentimento.

Gurdjieff: Você pode dizer talvez, que você é uma coisa e seu corpo outra coisa. Antes você não podia dizer isso com muita sinceridade.

* (O Sr. Gurdjieff instruía seus alunos a nunca mostrarem exteriormente que internamente eles estavam fazendo um trabalho interior, ou trabalho sobre si mesmos. Ele chamava isso de atuar um papel. Internamente a pessoa estava tentando estar desperta, tentado não se identificar, mas externamente ela se comportava como de costume, como costumava se comportar antes de começar a fazer esse trabalho).

** Para a melhor compreensão desse termo usado pelo Sr. Gurdjieff é recomendado a leitura do livro: "Relatos de Belzebu a Seu Neto".

G. I. Gurdjieff

Fonte: http://ricardo-yoga.blogspot.com/

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Homem - G. I. Gurdjieff

Condicionamento Coletivo

Um homem vem ao mundo como uma folha de papel em branco, que, imediatamente, todos em torno dele começam a competir uns com os outros para sujar e enchê-la com educação, moralidade, com informação a qual chamamos "conhecimento", e com todos os tipos de ideias sobre deveres, honra, consciência, e assim por diante. E cada um afirma imutabilidade e infalibilidade aos métodos que utilizam para enxertar esses ramos ao tronco principal, chamado de "personalidade" do homem. A folha de papel progressivamente torna-se suja, e quanto mais suja se torna, isto é, quanto mais um homem é recheado com informações efêmeras e noções de dever, honra, e assim por diante, que são empurradas para dentro dele ou sugeridas a ele pelos outros, mais "inteligente" e valoroso ele é considerado por aqueles à sua volta.

E, vendo que as pessoas olham sua sujeira como mérito, ele inevitavelmente passa a olhar a folha suja de papel sob a mesma luz. E então você tem um modelo daquilo a que chamamos de um "homem", a quem tais palavras como "talentoso" e "gênio" são frequentemente aplicadas. E o temperamento do nosso "gênio" quando ele acorda de manhã é estragado por todo o dia, se ele não encontrar os seus chinelos ao lado da cama.

O homem comum não é livre em sua vida, em suas manifestações, ou em seu humor. Ele não pode ser o que gostaria de ser, e aquilo que ele se considera ser; ele não é aquele "Homem", que soa poderoso! O próprio nome "homem" significa - o "apogeu da criação", mas como é que esse título se aplica ao homem contemporâneo?

E ainda, o homem deveria realmente ser o apogeu da criação, uma vez que ele é formado e tem em si mesmo todas as possibilidades de aquisição de dados exatamente semelhantes àqueles do Concretizador de tudo o que existe no Universo. Para ter o direito ao nome de homem, devemos ser um. E para ser um homem, deve-se primeiro de tudo, com uma incansável persistência e um insaciável impulso de desejo proveniente de todas as distintas partes independentes que constituem sua inteira presença comum, ou seja, com um desejo vindo simultaneamente do pensamento, do sentimento e do instinto orgânico, trabalhar baseado num conhecimento de si mesmo total e abrangente, ao mesmo tempo lutando incessantemente contra suas fraquezas subjetivas, e em seguida, apoiando-se sobre os resultados obtidos pela consciência apenas no que diz respeito aos defeitos na sua subjetividade estabelecida, bem como os meios para a possibilidade de combatê-los; lutar pela sua erradicação sem misericórdia para com si próprio.

Falando francamente, o homem contemporâneo como podemos conhecê-lo, se formos capazes de imparcialidade, não é nada mais do que um mecanismo de relógio, apesar de ser uma construção muito complexa.

Um homem deve, sem falta, pensar profundamente sobre cada aspecto de sua mecanicidade e compreendê-la minuciosamente, a fim de apreciar plenamente o significado dessa mecanicidade e todas as consequências e resultados que ela implica, tanto para sua própria vida e para a justificação do sentido e objetivo de seu surgimento e de sua existência.

G. I. Gurdjieff

Fonte: http://ricardo-yoga.blogspot.com/

Observação

O filósofo Spinoza também nega que o homem seja inteiramente livre, porque a liberdade tem haver com consciência. Logo, como nenhum homem é plenamente consciente (provisoriamente), nenhum homem pode ser plenamente livre. Portanto, o homem é parcialmente livre, porque é parcialmente consciente. Contudo essencialmente o homem é livre, diz ele.

O esforço ensinado por G. I. Gurdjieff foi também um método utilizado também pelos padres do deserto (Philokalia). Eu particularmente não obtive sucesso com tais métodos. Porém obtive algum sucesso através apenas da compreensão da verdade interior. Exemplos:

***

"Já não queremos excomungar e extirpar os desejos; o único objetivo que nos domina por completo é o de sempre conhecer tanto quanto for possível".

"Quem deseja seriamente se tornar livre perderá a inclinação para erros e vícios, sem que nada o obrigue a isso; também a raiva e o desgosto o assaltarão cada vez menos. Pois sua vontade não deseja nada mais instantemente do que o conhecimento e o meio de alcançá-lo, ou seja: a condição duradoura em que ele está mais apto para conhecer" (Nietzsche - "Humano, Demasiado Humano").

Em outras palavras:

"Ao tentarmos dominar a sensualidade, o desejo falso, a gula; ao fazer esforço para nos livrarmos dos traços humanos errôneos, descobrimos que eles se multiplicam muito e muito. Não tente, por um ato de vontade, eliminar esses erros, não se condene por qualquer traço falso ou negativo que você possa ter; não se atormente. Fique satisfeito ao vê-los se dissipar em sua percepção constante do Eu que eu sou. Não tente se livrar de qualidades negativas; não tente se livrar de qualidades ou traços humanos maus. Fique satisfeito ao vê-los se desfazer e desaparecer de sua própria inexistência, à medida que você reside sob a proteção do Altíssimo, à medida que você reside na consciência do Eu que eu sou".

"Quanto mais você aprende a se identificar com o Eu que eu sou, em vez de se identificar com o corpo e com a experiência humana, mais qualidades espirituais se manifestarão em sua experiência. Se eu tivesse que tentar ser um ser humano muito bom, fracassaria. Mas, se tentar esquecer meu aspecto humano e residir no Eu que eu sou e perceber que o Eu é Deus, então, Ele Se manifestará no corpo, nos pensamentos e nas ações que se originarem" (Joel S. Goldsmith - "As Palavras do Mestre").

"Quando a Consciência toma conta, Ela elimina todos os traços ou desejos errôneos que possamos ter e o faz à Sua própria maneira e em Seu próprio tempo. Se nós próprios tentarmos eliminá-los, estaremos sendo apenas farisaicos. Isto não quer dizer que nada devemos fazer. Devemos fazer esforço para compreender o que é Consciência, mas esse esforço não envolve o uso de saco e cinza" (Joel S. Goldsmith - "Viver Agora").

"É Possível ter os prazeres do mundo e se alegrar com eles, ou não tê-los e não lhes sentir a falta. O que passa a existir é uma alegria interior que não precisa de estímulos externos" (Joel S. Goldsmith - "O Caminho Infinito").

"Eu mesmo encontro prazer em muitas das coisas bonitas e desfrutáveis deste mundo, mas já não existe mais um apego exagerado por elas" (Joel S. Goldsmith - "A União Consciente com Deus").

***

"Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios, 2:8 e 9).

Edmilson S. Jesus

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